A lição do Japão em energia limpa

Na última semana, o terremoto do Japão direcionou a atenção de todo o mundo, afinal, a tragédia foi responsável por milhares de mortes e por deixar um rastro de destruição. Segundo a Agência Geológica dos EUA (USGS), o abalo foi de 8,9 graus na escala Richter. Com o tremor, uma tsunami atingiu o país piorando ainda mais a situação. Um evento dessa magnitude é imprevisível. E ainda mais impresível é imaginar que uma usina nuclear pode explodir durante um desses eventos.  

E foi exatamente isso o que aconteceu. A usina nuclear de Fukushima explodiu no dia 12/03 e expôs a população local a um índice de radiação 20 vezes maior que o normal. Como conseqüencia milhares de pessoas tiveram sua saúde exposta a diversos riscos, ficando proibidas de beber água ou sair de casa sem máscaras, cerca de 46 mil habitantes foram evacuadas de suas casas. A radiação é extremamente perigosa para a saúde e pode provocar desde queimaduras até deformações celulares, câncer e outras doenças. 

Estragos provocados pelas explosões. Foto: G1

Além dos problemas à saúde da população, as 11 usinas mais afetadas pelo terremoto foram interrompidas e com isso, a população precisou economizar energia elétrica pra evitar cortes até que a situação seja controlada. Para tentar controlar as explosões, cerca de, 64 toneladas de água foram jogadas no reator que explodiu pra tentar resfriá-lo.

Apesar de afirmar que a situação não é grave, o Japão aumentou, através da Agência de Segurança Nuclear, de 4 para 5, o nível do acidente nuclear, além disso, o aumento do nível de radiação pode trazer problemas futuros para a população. A verdade é que as explosões colocaram em voga a energia nuclear e levou muitos países a se perguntar porque ainda insistem em usar fontes de enrgia tão perigosas em detrimento das fontes verdes.

Resultados do terremoto. Foto: EFE

A Suíça suspendeu a aprovação de construção de usinas nucleares e a Alemanha desistiu de ampliar as já existentes. A estatal de energia atômica de Taiwan também disse que reduziria a produção de energia nuclear. Nos EUA as explosões também fizeram barulho, o senador Joe Lieberman, presidente da Comissão de Segurança Interna do Senado americano, declarou que o desastre deve servir para os EUA frearem as construções de usinas no país. No Brasil os moradores da região de Angra se disseram preocupados, pois as estradas não são preparadas pra evacuação. Donos de hotéis da cidade revelaram ainda que, não existe um plano de evacuação caso ocorra algum acidente na usina, ao contrário do que diz as Usinas.

É triste imaginar que apenas desastres como esses são capazes de mudar a forma de pensar de certos governantes. O pior é que, mesmo assim, muitos países continuarão insistindo na perigosa energia nuclear como a Rússia, por exemplo. Espera-se, no entanto, que a situação do Japão seja uma lição para que os demais países passem a investir em fontes de energia seguras e limpas. Clique aqui pra ver uma postagem que mostra os benefícios da energia eólica para o Brasil.

Com informações do G1, O Dia, Exame e O Globo.


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