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Pré-Sal e oceanos, uma combinação assassina

Nos últimos anos as notícias sobre as reservas de petróleo da camada de pré-sal brasileira renderam especulações na mídia por bastante tempo. Estima-se que possam ser retirados cerca de 1,6 trilhão de metros cúbicos de gás e óleo do fundo do mar. No entanto, a cada dia surgem notícias de que o potencial de extração é maior do que se pensava. Segundo o site da Revista Veja, só no campo de Tupi, haveria cerca de 10 bilhões de barris de petróleo, o suficiente para elevar as reservas de petróleo e gás da Petrobras em até 60%.

Essas reservas se encontram submersas na zona costeira e marinha do Brasil. Com aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados, ela se extende por cerca de 8.600 quilômetros, segundo o Greenpeace. Lá, vivem centenas de espécies marinhas que precisam de seu habitat preservado para sobreviver. Mas infelizmente não é isso que vem acontecendo. Extração de petróleo e preservação marinha pode ser uma combinação assassina quando não planejada de maneira correta.

Tartaruga morta pelo desastre da BP. Foto: AP

O Greenpeace lançou o relatório "Mar, petróleo e biodiversidade - a geografia do conflito" que mostra as extrações de petróleo passando por cima de áreas de conservação ambiental, muitos blocos de exploração estão em áreas de alta biodiversidade e podem comprometê-la a qualquer momento. Além das áreas de conservação serem muito poucas (apenas 1,5% da zona costeira, contando as federais e estaduais) ainda são desrespeitadas pelo próprio governo.

Segundo o Greenpeace, "o litoral do Espírito Santo e Santa Catarina, tem atividades ligadas à exploração de combustíveis fósseis em 21,8% das áreas prioritárias para conservação marinha, enquanto apenas 0,59% foi destinado a unidades de conservação de proteção integral e 2,10% a unidades de conservação de uso sustentável."

Devemos nos lembrar que a extração de petróleo em solo marinho não é 100% segura, vide o desastre que ocorreu no ano passado com a BP (British Petroleum) no golfo do México, quando a plataforma Deepwater Horizon afundou a cerca de 80 km da costa de Louisiana. Além de matar 11 trabalhadores liberou cerca 2,5 milhões de litros de óleo diariamente no oceano durante mais de 100 dias. Nesse meio tempo, diversos animais morreram cobertos pela espessa camada de óleo.

Pelicano coberto de óleo. Foto: AP
É preciso que os governantes se conscientizem de que os combustíveis fósseis representam o que há de mais atrasado em termos de geração de energia, não param de surgir alternativas ao redor do mundo e o Brasil deveria seguir o ritmo. Como já foi mostrado na postagem da semana passada o Brasil tem potencial para a geração de energia limpa, basta vontade política.  

Com informações do Greenpeace, Veja e Portal IG.

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