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Trabalho e sustentabilidade

Hoje vamos falar de pessoas que usaram o seu trabalho de uma forma diferente e acabaram contribuindo com o meio ambiente. 

Vik Muniz era um artista plástico brasileiro interessado em retratar o que o processo de urbanização tem de pior: o lixo e as pessoas que vivem dele. No Rio de Janeiro se encontra o maior representante da classe.  O Jardim Gramacho considerado o maior lixão a céu aberto da América Latina, por receber todos os dias nada mais nada menos que sete mil toneladas de lixo. E nesse lixão, dezenas de famílias excluídas da sociedade produtora de todo esse lixo, precisam vasculhar, todos os dias, os entulhos pra sobreviver.

Cartaz do documentário "Lixo Extraordinário"

Foi essa história que Vik Muniz se mostrou disposto a contar através do seu trabalho. Queria retratar essas pessoas com o próprio lixo do local. O que ele não imaginava é que essa atitude transformaria a sua vida e a vida dessas pessoas. Com o apoio da produtora O2 Filmes, da diretora inglesa Lucy Walker e dos brasileiros João Cardim e Karen Harley, ele filmou um documentário entitulado "Lixo Extraordinário" que rodou o mundo, foi premiado (dezoito no total) e agora indicado ao Oscar na categoria "documentário". O mais bacana é que o dinheiro arrecadado com a venda de sua arte foi aplicada para a melhoria de vida desses catadores.


Quem deve representar o documentário na badalada premiação do Oscar no final de fevereiro, é o catador Sebastião Carlos dos Santos, o que aparece na mais famosa foto do documentário, essa do cartaz aí de cima. A foto foi arrematada por 28 mil libras (45 mil dólares) num leilão de Londres. "Muita gente ainda tem preconceito em relação ao trabalho dos catadores. As pessoas veem o lixo como algo insignificante e invisível, e era assim que os catadores de lixo eram vistos também. Este filme mostra que somos batalhadores, que sustentamos nossas famílias e fazemos um trabalho honesto", disse ele ao Portal Uol.

Se você quiser conferir o documentário, ele está em cartaz em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. Na capital mineira, o documentário pode ser conferido no USIMINAS Belas Artes Cinema - R. Gonçalves Dias, 1581 - nos horários de 15h,  17h e 19h.

Com certeza você já conhece o trabalho de Muniz, afinal, foi ele o responsável pela abertura da antiga novela das oito da Rede Globo, Passione de Silvio de Abreu.



O bioquímico Ken Goddard, do US Fish and Wildlife Service (uma espécie de CSI da natureza que desvenda crimes sobre peixes e vida selvagem) que por 12 anos trabalhou com criminalística e técnicas forenses analisando cenas de crime, achou que poderia usar suas habilidades em favor da natureza e agora emprega as mesmas técnicas para ajudar o meio ambiente. 

Segundo ele, o departamento no qual trabalha tem como função investigar crimes ambientais nos Estados Unidos. E as técnicas forenses são usadas para determinar quem praticou o crime, o quê fez, quando, onde, como e por quê. "Isso é feito examinando e comparando evidências físicas para ligar o suspeito, a vida e a cena do crime. Podemos identificar a vítima (por exemplo, um réptil cuja pele foi usada para fazer uma bolsa), como ela morreu (fazer uma necrópsia em um puma), ou determinar que tipo de veneno ou munição foi usada para matar uma vítima, ligando essas provas aos suspeitos."


Goddard afirma que o uso dessas técnicas pra esse fim ainda é recente, mas aos poucos começa a se espalhar. O grande objetivo de Goddard é levar esses criminosos para os tribunais, sejam nacionais ou internacionais para que paguem pelo crime que cometeram.

O britânico Ed Stafford aproveitou a sua boa forma física e todo o conhecimento aprendido durante seus anos de trabalho como Capitão do Exército Britâncio para fazer uma caminhada de nove mil e quinhentos quilômetros percorridos durante oitocentos e sessenta dias e cerca de oito a dez horas de caminhada diária. Stafford percorreu todo o trajeto do Rio Amazonas a pé e enfrentou não só os perigos da floresta, mas também índios furiosos, milícias assassinas e traficantes. “Fui feito refém por uma milícia, extorquido por traficantes e quase assassinado por índios ashaninkas. A selva acabou sendo a parte poética da história”, diz.

O Rio Amazonas percorrido por Ed. Fonte: Alagoas24horas
E pra quê tudo isso? Pra alertar as pessoas sobre o desmatamento e a pobreza dos lugares por que passava.“E fazer com que as pessoas sintam uma verdadeira conexão com a Amazônia, suas maravilhas e, principalmente, seus problemas. É minha forma de alertar as pessoas sobre a mais importante floresta do mundo.” Como resultado da sua aventura, Stafford conseguiu fama e dinheiro, mas não pra si. Os mais de setenta mil reais foram entregues a instituições de caridade que agora usam o dinheiro pra melhorar a vida de comunidades ribeirinhas.

E você como usa o seu trabalho a favor do meio ambiente? Comente!

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