Alimentos em extinção - mundo

Quarta-feira é dia de falar dos alimentos em extinção. Nesta quarta falaremos dos alimentos em extinção ao redor do mundo, uma vez que, já falamos dos alimentos brasilieros em diversas postagens anteriores (clique aqui para ler).

Itália: Aspargo Violeta de Albenga: um dos motivos da diminuição da sua área de produção (300 hectares em 1930 para 10 hectares em 2000) é o alto preço dessa variação de aspargo. Além de exigir técnicas de cultivo especiais ele demora muito pra chegar ao estágio de colheita.

Aspargo Violeta Fonte: receitasmarinpreciado

Polônia: Hidromel: trata-se de uma bebida alcoólica à base de mel e água, mais antiga que o vinho e a cerveja. Segundo a Wikipedia, "na Grécia clássica, se chamava "melikraton" e, pelos romanos, era conhecida pelo nome "agua mulsum". Celtas, saxões e vikings também foram possíveis consumidores da bebida". Por ser uma receita antiga, atualmente apenas um produtor faz a bebida seguindo a receita tradicional, nela a mistura deve "descansar" por sete anos antes de ser servida.

Hidromel Fonte: Wikipedia

Espanha: Maçã Espriega: essa variação de maçã perdeu a produção para uma concorrente mais barata. Importadas dos EUA, as maçãs da terra do Tio Sam são mais baratas que a tradicional espanhola. Dessa forma, o consumo e a produção foram, aos poucos, desaparecendo. Atualmente, os únicos produtores são um grupo de jovens entusiastas da esperiega e que têm a dura função de reintroduzir a iguaria no mercado e vencer as concorrentes americanas.

Venezuela: Cacau Barlavento: esse cacau padece do mesmo mal que as maçãs da Espanha, concorrência. Dessa vez, no entanto, os produtores são a Indonésia e a Malásia. Além desse problema, o cacau venezuelano, enfrenta um agravante: uma enchente destruiu um terço da área de produção. Desse modo, a produção acabou se concentrando nas mãos dos índios que, produzem a matéria prima do chocolate, de forma artesanal e em pequenas quantidades.

Japão: Cebola Sapporokii: o grau de complexidade e incerteza em torno da produção desse tipo de cebola fez com que a área produzida caísse mais de setenta por cento em relação aos anos 70. O complicado processo envolve etapas como, colocar as sementes em uma estufa, tranplantá-las na terra e colhê-las após sete meses. E a produção não é garantida depois de tudo isso: várias doenças podem atacá-la.

Canadá: Melão de Montreal: mais uma vez a produção complexa e a concorrência com variedades similares e mais baratas fez com que esse tipo de melão entrasse de verdade em extinção. Até meados dos anos 90 não ouvia-se falar da fruta. Eis que em 1995 um centro de pesquisas agrícolas dos EUA encontrou sementes do melão perdidas. As sementes foram plantadas e o melão voltou a ser produzido. Mas a concorrência ainda é desleal e a produção pequena.

Melão de Montreal Fonte: mariajoaodealmeida.com

Inglaterra: Cheddar Artesanal Somerset: esse queijo feito com leite cru e uma bactéria típica de Somerset, perdeu pra tecnologia. Com a introdução do leite pasteurizado nos anos 50, outras variações de Cheddar passaram a ser feitos e a procura por esse tipo de queijo caiu drásticamente. Cerca de 95% dos antigos produtores se renderam às novidades e apenas os 5% restantes seguem à risca a receita original.

Chile: Marken: esse é o nome de uma pimenta defumada que há tempos atrás foi muito popular no Chile. As novas gerações, no entanto, ligam a pimenta à pobreza e às influências indígenas do país, ou seja, não gostam curtem o negócio. Resultado: sua extinção está próxima.

A pouco querida Marken Fonte: http://trade-fair-value.com

Com informações do Site da Revista Mundo Estranho e da Wikipedia.

Como póde-se perceber, uma série de fatores são responsáveis pela extinção desses alimentos, não muito diferentes dos responsáveis pela extinção dos brasileiros. Semana que vêm faremos uma coletânia desses fatores e ao mesmo tempo uma reflexão sobre o assunto na última postagem dessa série. Até!