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Cidade Verde

É possível aliar conforto, urbanização e meio ambiente? Muitos designs, arquitetos e engenheiros acreditam que sim e mergulham na criatividade pra aliar esses conceitos aparentemente antagônicos. Hoje vamos mostrar algumas engenhocas pensadas por aí.

Mitchell Joachim é um dos mais famosos quando o assunto é urbanismo ecológico. Professor da Universidade Colúmbia, de Nova York, já ganhou diversos prêmios, como um na Moshe Safdie e Association and Martin e outro na Sociedade para a Sustentabilidade do MIT (Instituto Tecnológico de Massachuts). O Canal de História e Design Excellence Award Infiniti lhe prêmiou pelo projeto "Cidade do Futuro", e na  revista Time como  melhor Invenção do ano de 2007. Foi selecionado pela revista "Wired" The List Smart 2008 como uma das 15 pessoas que o próximo presidente deveria escutar e foi homenageado pela revista Rolling Stone como uma das 100 pessoas que estão mudando a América, por fim, a revista Popular Science caracterizou seu trabalho como "O Futuro do Meio Ambiente" em 2010.

A Cidade Verde

Seu projeto consiste na construção de uma cidade 100% sustentável, onde os resíduos de um processo seriam usados por outro processo diferente e assim sucessivamente formando um ciclo sem fim. A cidade funcionaria 24h por dia praticamente sem nenhum despérdício. Um bom exemplo, seriam as academias. Se hoje você malha sem parar e toda a energia gasta não serve pra nada, na cidade verde isso seria diferente. As academias  não ficariam em terra, mas em água. Como se fossem balsas elas se movimentariam através de baterias que se carregariam com a malhação de seus clientes. Além de servir como meio de transporte ela teria um dispositivo que limpa a água enquanto anda.

Pela alta complexidade do projeto (que inclui transporte inteligente, uso eficiente de recursos, geração energética, produção de alimentos e tratamento de resíduos) estima-se que sua conclusão poderia levar entre  100 e 150 anos. A demora, no entanto, poderia ser diminuída se desde já algumas de suas idéias fossem implantadas nas atuais metrópoles. Segundo ele, no entanto, as mudanças são bruscas e como grande parte das pessoas é resistente a mudanças, a tendência é que nada ocorra por agora. Segundo ele, o sistema de transporte não deve mudar para o elétrico em menos de quinze anos, assim como, as edificações devem permanecer as mesmas por cerca de trinta a quarenta anos.

Os carros da Cidade Verde
A idéia de Joachim para o sistema de transporte se baseia na premissa de que as pessoas devem compartilhar os veículos, o que significará uma redução da quantidade de automóveis e conseqüentemente do trânsito, da poluição e da dependência das energias não renováveis. Os veículos verdes seriam fabricados com materiais leves, como o neoprene, com a finalidade de que possam ser dobrados e carregados como carrinhos de compra. Os veículos seriam equipados com um software que interligaria todos os carros e motoristas por meio de uma espécie de rede social, com o envio em tempo real de mensagens sobre direções, estacionamentos gratuitos, advertências de acidentes e imperfeições nas vias. Toda essa troca de   informações evitaria engarrafamentos e melhoriaria o fluxo de automóveis. Outro projeto é de um ônibus no estilo dos antigos dirigíveis que alcançaria velocidade máxima de 24km/h e assentos próximos do chão.

Ônibus dirigível
Pra completar, a cidade seria composta de casas de árvore e edifícios que misturam residência e comércio. Esses prédios mistos economizariam energia e facilitariam a vida, uma vez que, bastaria pegar o elevador pra chegar ao trabalho e todos os edifícios ainda estariam interligados formando uma espécie de shopping gigante. Os prédios são auto-suficientes, com energia solar (placas de absorção nas janelas) e eólica (hélices entre as torres). Mas se você não dispensa uma casa, a casa-árvore seria a solução.  A técnica milenar de direcionar o tronco da planta durante seu crescimento permite, com uma nova tecnologia, criar a estrutura e o resto da casa seria composto por materiais reciclados e argila.

Casa da árvore
No meio disso tudo haveriam lagos artificiais e parques. Além de bonitos, eles também servem para o plantio de legumes e verduras. Os lagos ajudariam no resfriamento da cidade, tratamento de água e de dejetos. O maquinário é movido por turbinas, como uma hidrelétrica, ou por energia eólica. Já pensou uma cidade assim? Seria a solução de muitos problemas.

Mas afinal, já existe algum projeto desse tipo em andamento? No post da semana que vêm você vai conhecer a resposta e ainda vai saber quais cidades "normais" estão entre as mais verdes do mundo.

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