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Alimentos em extinção da Arca do Gosto 2

Hoje continuaremos a falar dos alimentos em extinção protegidos pela "Arca do Gosto" do Slow Food, os escolhidos foram: licuri, mangaba e pequi.
Licuri: também conhecido como ouricuri, auricuri e nicuri é uma fruta típica do semi-árido nordestino (caatinga) abrangendo o norte de Minas Gerais, uma parte da Bahia, Pernanbuco, Sergipe e Alagoas. A árvore dá folhas bem compridas: cerca de 3m de comprimento. Tem folíolos (são as subdivisões das folhas) verde escuros e arranjados em vários planos. O fruto tem formato de côco ou amêndoa e é usado não só na alimentação (licuri torrado, licuri caramelado, granola, cocada,  paçoca, biscoitos, óleo, leite-de-coco etc) como também em artesanatos e combustível para forno a lenha (leia-se, a casca). Como ocorre na maioria das vezes com alimentos típicos é fonte de alimento e sustento para diversas comunidades. Segundo o site Slow Food: "Em pesquisa etnobotânica realizada em fevereiro 2007 pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), foi verificado que mais de 50% das famílias de Jaboticaba trabalham com o licuri, e em muitas vezes esta atividade é a única fonte de renda de famílias inteiras."

Licuri. Fonte: site terramadre
Mangaba: é uma fruta esférica amarela ou esverdeada e muitas vezes com pintas vermelhas. Tem um cheiro forte e adocicado com polpa branca e (amolecida). Tem um sabor bastante doce e levemente acidulado podendo, portanto, ser comida in natura. Dela também fazem-se sucos, sorvetes, geléias, doces em calda, compotas, vinhos e xaropes. Sua árvore frutifica em solos pobres e arenosos com poucos nutrientes. É uma fruta tipicamente brasileira sendo muito encontrada nos tabuleiros (forma de relevo constituída por pequenos platôs, de altitude em geral modesta, entre vinte e cinqüenta metros, limitados por escarpas abruptas, denominadas barreiras) e baixadas litorâneas do nordeste, cerrado do centro-oeste, Minas Gerais e parte da Amazônia. Mais uma vez é fonte de sobrevivência para a população que a consome. Segundo o site Slow Food, "No período de novembro a abril, em diversos estados do Nordeste, a colheita de mangaba é uma das únicas fonte de renda de centenas de famílias, que sobrevivem da colheita da fruta em áreas nativas."

Mangaba. Fonte: portalsaofrancisco
A fruta termina de amadurecer no chão quando desprende-se da árvore. Por isso os que colhem a fruta são chamados de catadores. Os frutos encontrados no chão são os mais apreciados por estarem no ponto certo de consumo, porém, este precisa se dar rapidamente, afinal, as mangabas são muito perecíveis. Outras partes da árvore utilizadas são: a casca que tem propriedade adstringente, o látex (extraído do tronco) como antinflamatório e as folhas contra cólicas menstruais.
Pequi: também chamado de piqui, jiquiá e piquirana é uma fruta espinhosa típica do cerrado brasileiro (distribuído pelos estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Sã Paulo e Tocantins), sua árvore atinge cerca de 10 metros e possui flores grandes e amarelas que surgem de setembro a dezembro. Cada planta fornece em média 6 mil frutos de janeiro a abril, época de frutificação. O fruto não muda de cor nem quando está maduro (apenas amolece). Em seu interior pode-se encontrar mais de uma "amêndoa" envolta de de uma polpa amarela, branca ou rosada. É altamente calórica e possui um sabor característico o que faz com que seu uso como condimento na preparação de diversos alimentos seja muito comum. 

Pequi. Fonte: centraldocerrado
O pequi possui um óleo comestível rico em vitamina A e proteínas. Esse óleo, portanto, serve não só como forma de complemento na alimentação da população local como também de matéria prima para a indústria na confecção de cremes e sabonetes. Em Minas Gerais sua extração é importante para a alimentação do sertanejo além de ser uma importante fonte de renda. 

As informações são do site Slow Food. 

No site do Slow Food é possível encontrar endereço e telefone dos produtores pra contato, bem como, mais informações sobre essas e outras iguarias ameaçadas.

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