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A crise americana e um novo modelo

A edição 555 da Revista Época trouxe como reportagem de capa um assunto muito comentado aqui no blog: a simplicidade de consumo, ou seja, um consumo sustentável baseado nas reais necessidades de cada um. Como dissemos no post sobre o movimento slow da semana passada, existe agora um movimento que preza por uma vida menos rápida e consumista. Vamos aprofundar um pouco mais neste assunto.


A reportagem começa argumentando que com a crise que se instalou nos EUA e se espalhou pelo mundo, as pessoas foram obrigadas a se desfazer de algumas coisas não essenciais para suas vidas. Uma pesquisa da Booz & Company feita com mil consumidores dos EUA mostrou que a crise econômica obrigou muitas pessoas a reverem seus conceitos de consumo. Várias pessoas deixaram de ir a bares, concertos e exposições, por exemplo, ou seja, os gastos com lazer foram sensivelmente reduzidos. Outros consumidores disseram estar dispostos a trocar seus carros luxuosos e beberrões por carros que gastem menos combustível e sejam menos poluentes, se possível híbridos.

Outro levantamento feito pelo Boston Consulting Group (BCG) que ouviu 21 mil pessoas em 14 países diferentes, incluíndo o Brasil, afirmou que os consumidores tendem, nos próximos anos, a procurar produtos com um custo-benefício mais equilibrado. Um bom exemplo é a popularização das "small houses" em detrimento das inúmeras casas vendidas anos antes e que acabou dando origem à crise econômica. A reportagem cita apartamentos como os do exclusivíssimo 15 Central Park West, em Nova York, que custam cerca de US$ 150 milhões por serem inspirados nas luxuosas construções da década de 1920 e que ficaram no imaginário do americano comum.

Apartamento da 15 Central Park West, preço: US$ 150 milhões
"Com longos prazos de financiamento e juros baratos, os americanos povoavam os subúrbios com casarões cada vez maiores. A casa média americana cresceu 40% de tamanho entre 1982 e 2004, segundo o U.S. Census Bureau. O tamanho da moradia para uma família passou de 160 metros quadrados para 220 metros quadrados."

Foi a partir da crise que um grupo de ativistas lançou essas "small houses" e fundou a Small House Society (Sociedade da Casa Pequena) para promover os benefícios econômicos e ecológicos das minimoradias. O movimento prega a redução dos espaços para viver como forma de preservar a natureza. Essas casas não consomem energia elétrica, todos os aparelhos eletrônicos funcionam a partir de baterias que são recarregadas com energia solar. Além disso, por serem muito pequenas não exigem grandes quantidades de materiais para conservação, como tintas, vernizes e solventes.

Com dimensões de 6 a 15m as "small houses" custam cerca de UR$ 40 mil
O tamanho da casa influencia também na forma de consumir das pessoas. Como comprar muitas bugigangas se não há onde guardar em casa? As pessoas, dessa forma, são obrigadas a consumir de forma mais consciente e sustentável. Viu como o conceito de sustentabilidade se aplica a qualquer momento da sua vida? Outro ponto positivo dessas pequenas casas é que elas conseguem se manter em locais extremamente verdes proporcionando aos moradores uma qualidade de vida superior.

Com informações da edição nº 555 da Revista Época.

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