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Enchentes e urbanização

O post de hoje é dedicado a um tema muito delicado, as enchentes. Com o período das chuvas não é difícil imaginar que os destaques dos jornais serão de pessoas que ficaram ilhadas e desabrigadas pelas chuvas. E não é só no Brail, qualquer país está sujeito a isso. Mas o culpado não é São Pedro e sim o mal planejamento de cidades e obras, segundo o Projeto Manuelzão, Belo Horizonte vive uma experiência equivocada atualmente: as obras do Ribeirão Arrudas que visão canalizar o mesmo. O rio (que não parece mais um rio devido à poluição excessiva) está sendo coberto no centro da cidade, cerca de 1300 metros. A obra orçada em 65 milhões de reais está em pleno vapor e deve ser finalizada em junho deste ano. A principal preocupação? O tratamento paisagístico da obra como forma de melhorar a cidade para receber os turistas da Copa de  2014, seja em termos visuais ou funcionais (leia-se, trânsito).

Parece cena de filme, mas um túnel alagado em SP. Fonte: G1
Para o coordenador do Projeto Manuelzão, Marcus Vinícius Polignano, a obra funcionará "como uma lápide para o rio que estamos matando." Os responsáveis pela obra descordam e justificam as obras dizendo que os danos ambientais serão compensados pelos resultados da obra como, por exemplo, a redução do tempo de viagem decorrente da melhoria no trânsito, que provocará redução da emissão de gases poluentes. 

O professor de arquitetura da UFMG, Roberto Rolim, diz que se o transporte rodoviário, que representa a maior fatia das opções de transporte no Brasil, fosse substituído por por um veículo leve sobre trilhos e sistemas de ônibus integrados e eficientes as ruas poderiam ser menos largas dando espaço aos rios que poderim ser revitalizados. O diretor operacional da Sudecap, Roger Veloso, afirma que obras como essa além de ficarem muito caras não seriam viáveis por implicarem em diversas desapropriações de imóveis e residências. "Meio ambiente não é so planta e bicho, é gente também", diz ele.

O Rio Arrudas em BH. Fonte: urbanistas.com
O Projeto Manuelzão afirma, no entanto, que com as obras as possibilidades de enchente aumentam porque com a canalização as pedras que ficam no rio e reduzem a força das águas desaparecem o que faz com que a água seja jorrada com toda força "pra frente" e quando o volume de água é maior (época das chuvas) os alagamentos são inevitáveis.

Não faltam projetos arquitetônicos interessantes e inovadores mundo a fora que têm como objetivo principal preservar o meio ambiente e funcionar de forma sustentável. Semana que vem daremos destaque a alguns.

Em tempo: Dilma já é a nova presidente do Brasil e nós, brasileiros, devemos ficar atentos a todas as medidas tomadas por ela e sua equipe no que diz respeito ao meio ambiente. Precisamos cobrar ações consistentes do novo governo no sentido de proteger nossas riquezas naturais, bem como honrar os compromissos assumidos na última COP. Na pasta de Meio Ambiente Dilma manteve Izabella Mônica Vieira Teixeira que assumiu o comando do Ministério do Meio Ambiente em abril de 2010, quando o então ministro Carlos Minc (PV) deixou o cargo para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Suas credenciais são boas: formada em Biologia, a ministra tem mestrado em Planejamento Energético e doutorado em Planejamento Ambiental. É funcionária de carreira do Ibama desde 1984. Na instituição, exerceu o cargo de direção. E o melhor: não tem filiação partidária.

Com informações do Projeto Manuelzão e G1.

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